13 de MAIO NA UMBANDA
O preto velho, na umbanda, está associado aos ancestrais africanos, assim como o
caboclo está associado aos índios e o
baiano aos imigrantes nordestinos.
[3]
Pretos velhos ou
Pretos-velhos são entidades de
umbanda, espíritos que se apresentam em corpo fluídico de velhos africanos
[1] que viveram nas
senzalas, majoritariamente como
escravos que morreram no
tronco ou de
velhice, e que adoram contar as histórias do tempo do
cativeiro. São divindades purificadas de antigos escravos africanos.
[2] Sábios, ternos e pacientes, dão o amor, a fé e a esperança aos "seus filhos".
São entidades que tiveram pela sua idade avançada, o poder e o segredo
de viver longamente através da sua sabedoria, apesar da rudeza do
cativeiro demonstram fé para suportar as amarguras da vida,
consequentemente são espíritos guias de elevada sabedoria geralmente
ligados à Confraria da Estrela Azulada dentro da Doutrina Umbandista do
Tríplice Caminho (AUMBANDHAM - alegria e pureza + fortaleza e atividade
+ sabedoria e humildade), trazendo esperança e quietude aos anseios da
consulência que os procuram para amenizar suas dores, ligados a
vibração de Omolu, são mandingueiros poderosos, com seu olhar
prescrutador sentado em seu banquinho, fumando seu cachimbo, benzendo
com seu ramo de arruda, rezando com seu terço e aspergindo sua água
fluidificada, demandam contra o baixo astral e suas baforadas são para
limpeza e harmonização das vibrações de seus médiuns e de consulentes.
Muitas vezes se utilizam de outros benzimentos, como os utilizados pelo
Pai José de Angola, que se utiliza de um preparado de "guiné" (pedaços
de caule em infusão com cachaça) que coloca nas mãos dos consulentes e
solicita que os mesmos passem na testa e nuca, enquanto fazem os seus
pedidos mentalmente; utiliza-se também de vinho moscatel, com o que constantemente
brinda com seus "filhos" em nome da vitória que está por vir.
UM GRITO DE LIBERDADE!!!!
No dia 13 de maio comemora-se a Abolição da Escravatura no Brasil. A
palavra "abolir" significa acabar, eliminar, extinguir. A escravidão
foi oficialmente extinta nesse dia por meio da Lei Áurea. "Áurea", por
sua vez, quer dizer "de ouro" e - por aí - você pode imaginar o valor
que se deu a essa lei, com toda a razão. Afinal, o trabalho escravo é
uma prática desumana.
Assinado pela
princesa Isabel, em 1888, o texto da Lei Áurea é curto e bastante objetivo, como você pode ver a seguir:
"A
Princesa Imperial Regente, em Nome de Sua Majestade, o Imperador, o
senhor dom Pedro II, faz saber a todos os súditos do Império que a
Assembléia Geral decretou e Ela sancionou a Lei seguinte:
Art. 1º - É declarada extinta desde a data desta Lei a escravidão no Brasil.
Art. 2º - Revogam-se as disposições em contrário."
Quando
essa lei passou a vigorar, a escravidão já existia no Brasil há cerca
de três séculos. No mundo, o trabalho escravo era empregado desde a
Antigüidade. Naquela época, na Europa e na Ásia, basicamente, os
escravos eram prisioneiros de guerra ou ainda pessoas que contraíam
dívidas muito grandes, sem ter como pagá-las.
Fontes:
Wikipédia, a enciclopédia livre.
*Carla Caruso é escritora e pesquisadora, autora do livro "Zumbi, o último herói dos Palmares" (Editora Callis).